Amor, não podemos mais: ou te resolves de uma vez ou vou embora. Mesmo sem querer partir, isso ainda é o que faço de melhor. Sem adeus, sem sinais, cartas clichês ou bilhetes em bolsos de casaco. Só vou. E não vá atrás de mim, porque tu sempre me alcanças nas horas erradas, me deixando em pedacinhos. Gostas de me quebrar pelo puro prazer de me reconstruir. Sou teu quebra-cabeça, amor, daqueles de mil e uma peças. Daqueles difíceis de entender. Me montas de forma diferente a cada vez, hoje já nem me reconheço. O que me completava ontem, hoje talvez já não o faça mais. Estou estagnada aqui há tempos, como quem espera com olhos pregados nos ponteiros: segundos são eternidades. Amor, ‘eu não estou vivendo, estou matando tempo’. E toda vez que penso em partir, penso em ti. Quem sabe se eu esperar um pouquinho mais?
7 de junho de 2011 às 4:59 |
que lindo Lú esse post *-* saudades de você (L)
10 de junho de 2011 às 0:38 |
Vc q escreveu isso? Lindo. Vou roubar, ta? hahahaah
16 de junho de 2011 às 4:23 |
Admirável. Só pra deixar registrado o meu real pensamento sobre o seu talento como escritora.
29 de julho de 2011 às 9:47 |
“E não vá atrás de mim, porque tu sempre me alcanças nas horas erradas”
Seu texto disse tudo que eu pensava em escrever há um tempo atrás, lindo!